sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Solidão


Quis fazer versos essa noite.
Rimas bobas e simples para meus travesseiros.
Desconcertante foram as idéias que passaram
como flash na minha cabeça.
Doeu.
Quis evitar o barulho das árvores do lado de fora.
Quis também nascer de novo.
Ser menos fraca, romântica e impulsiva.
Menos ridícula.
Tentei rir dos meus acertos e pesar pelos meus erros.
Não adiantou.
A solidão que me devora na madrugada
engole os cacos que sobraram de mim.
Junto as peças.
Construo novos pilares.
Sustentadas estão as linhas embaralhadas dos cadernos.
Ainda escrevo a mão.
Escrevo deixando rasuras nessa alma de poeta torta.
Quis ter uma máquina do tempo.
Um teletransporte.
Algo que pudesse apagar sentimentos
e reavivar lembranças.
O tempo não dá tempo.
Não retrocede,
não modifica
e nem adianta.
Lenvanto-me devagar
uma tontura súbita me enlouquece.
Pego papéis,
rasgo cartas.
Rabisco minha vida em tinta que sangra.
Só que hoje,
o sangue corre mais doce em minhas pequenas veias.
Me abraço ao que tenho.
Choro.
E sigo adiante.

Um comentário:

Constança Rezende disse...

Nandaaa
Queria falar diretamente com você, mas como vc não tem orkut e não costuma responder por msn, resolvi falar por aqui. Queria te falar que foi muito bom ter te visto naquela sexta-feira.Vc tava com um astral tão grande, traz uma energia tão positiva, até falei isso com uma amiga minha que tava na xerox! Nem preciso dizer que sou fã-admiradora-forever.hehehe. E nem o quanto eu gosto de ouvir suas hitórias. Quanto mais malucas, melhor!Poxa...queria ter mais contato com vc. Já que pelo menos da vida ativa da facul vc não participa mais né. Ontem foi a choppada no cabaré. Foi bem legel. Enfim, ainda tô esperando aquela sua ligação com promessa de lapa. Pode ser hj, amanhã, depois, vc sabe que com você eu topo!
Bejocas,
Tança.