segunda-feira, 19 de maio de 2008


Ondas gigantescas cobriram a costa
e um oceano invadiu o meu ser
lágrimas escorreram por todo rosto...

Não importa em quantos mares hei de andar

Por mais mareada que o barco me deixe
e os enjoos torturem minha alma
meus pés nunca deixarão de caminhar.

Paris



Podem falar o que quiserem. Profanar palavras maldosas contra os franceses, passar horas dizendo que gostam mesmo de botequim ou horas tentando convencer a galera que não teria vontade de ir a Paris. Frases do tipo: "Ah, não deve ter nada demais" "Uma cidade como outra qualquer na Europa" "O lugar é muito caro!"... estão tão "demodé" que não se deve acreditar.
Não importa. Paris é um escândalo! E quem não se sentir um pouquinho chique andando por aquelas ruas e parques deve ter algum problema.
Barcos as voltas no Rio Siena, museus em antigas estações de trem, pontes de ouro, fazem parte da história de um povo que já mudou o mundo. Revolução Francesa, guilhotinas, milhares de cabeças rolando no chão. A beleza da cidade se mistura com o passado. A Torre Eiffel como seu símbolo. Paris de sonho. Ampla, gigantesca , colossal. Jardins que tomam partes infindáveis de terra. Notre Dame.
Baudelaire tinha razão. Seria delicioso ser um flâneur num lugar desse. O romantismo está em toda esquina ou nos quateirões que o Louvre abriga milhares de obras de arte. Pirâmides invertidas, palácios, Monalisa.
Como resistir a um bom champagne?
Paris realmente supera qualquer expectativa.

terça-feira, 6 de maio de 2008


Eu sei , eu sei. Ando sumida esses dias. Mas como alguns devem saber, até porque meu querido amigo Cabeça fez questão de postar a minha velhice para nosso pequeno público, semana passada foi meu aniversário. Pois é. 1/4 de século. Como de costume, a zona se instaurou na minha casa e ficou até hoje, quando resolvi colocar tudo novamente e "chatamente" nos eixos.
Não sou e nunca serei uma dona de casa exemplar, porém morar sozinho exige algumas habilidades. Essas tais que mesmo com 25 aninhos na cara ainda não adquiri. Lava louça, lava roupa, limpa banheiro, passa pano no chão. Oh coisa difícil! Esqueceram de me ensinar como faz para ligar os aparelhos e não deixar marcas molhadas de pés no chão. Enfim, casa arumada, tudo mais ou menos no seu lugar, volta aos textos e algumas dores nas costas. Não sei se a idade vem pesando de repente no meu corpo ou se a ressaca anda pior porque a dose também anda aumentando. Tive algumas ilustres visitas e Deus que resolveu ser bomzinho doou um pouco de sol para que eu pudesse apagar as velinhas. IHH esqueceram das velinhas também! Cachaça foi o nome da festa, Run para ser mais específica. E um gigante almoço a braileira, feijão, arroz e churrasco. Tudo do jeitinho carioca e uma prainha fajuta, com o mar congelando os ossos.
Ressaca , ressaca e ressaca.
Fim do inferno astral e expectativa de dias melhores nos próximos meses.
No final das contas, o saldo foi positivo. Tirando a bagunça que meu pequeno apê ficou e a saudade incontrolável das pessoas queridas que não estavam presentes.