domingo, 29 de julho de 2007


Esvaziar a cabeça com palavras
foi a maneira que encontrei para aliviar a dor
Não que isso realmente solucione a pressão
apenas ameniza
Nasci com as palavras
e delas faço minha mais profunda análise
Ser eu,
Inconstante.

sábado, 28 de julho de 2007

SONETO XXV

Antes de amarte, amor, nada era mío:
vacilé por las calles y las cosas:
nada contaba ni tenía nombre:
el mundo era del aire que esperaba.

Yo conocí salones cenicientos,
túneles habitados por la luna,
hangares crueles que se despedían,
preguntas que insistían en la arena.

Todo estaba vacío, muerto y mudo,
caído, abandonado y decaído,
todo era inalienablemente ajeno,

todo era de los otros y de nadie,
hasta que tu belleza y tu pobreza
llenaron el otoño de regalos.

Pablo Neruda

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Noites sombrias - autores

Às vezes à noite me apavora. São milhares de livros em minha estante. Escritores de diversas linhas se misturam e conversam com meu quarto. Não estou sozinha.
Olho para o uísque e lá está o velho Chinaski dando boas risadas e fumando meus charutos. Loucas histórias de delírios cotidianos.
Gárcia Márquez contempla minhas enciclopédias. Sinto raiva. Ninguém escreve como ele. Suas prosas enchem minha alma e transparecem minha estupidez. Entre Amor e Demônios, é o gigante da literatura.
Galeano é inteligente, político e irônico. Encontro-o com um abraço. O homem de dias e noites de amor e guerra tem muito a dizer. Nesse mundo Vagamundo faço dele meu escudo para insensatos pensamentos.
Clarice e Adélia Prado são como irmãs. Mulheres que me abraçam como mães e me apóiam como feras. Elas já mostraram do que são capazes.
Neruda é minha inspiração. Um Coração Amarelo que espanta a tristeza. Abre meu último vinho Santa Helena e fala de suas Residências, lugar onde ficam as saudades.
Nietzsche me olha de canto de olho, é um cara complicado, não gosta de conversa. Zaratrusta, o anti-profeta, inverte meus valores e exalta a existência.
Huxley não para quieto, é o tipo de cara que gosta de experimentar coisas novas. O Admirável Mundo Novo do meu quarto não o dá prazer. As portas estão fechadas.
Meu companheiro e meu xará. Pessoa é como eu: Fernando de alma e coração. Juntos escrevemos rimas para o infinito.
As coisas ficam confusas quando surge Baudelaire e o poema do haxixe. Seus Paraísos Artificiais são referências para tudo que se escreveu sobre drogas depois dele. Os Melhores Contos de Loucura, Machado, Allan Poe e João do Rio, o reverenciam. Estão juntos, quase inseparáveis.
O quarto fica pequeno.
Guevara está admirando seu quadro na parede. Fidel em a História me Absolverá, faz mais um de seus longos discursos. Fernando Morais escuta atento. Martí os abraça e sorri acreditando que tudo que fez não foi em vão. Gutiérrez não gosta do ambiente.
Toda noite é assim. Eles vão e vêm.
Nelson Rodriguez sabe como a vida é. Sartre esboça sua teoria das emoções. Foucault se auto vigia. Rubem Fonseca só faz de conta. João Ubaldo finge que é mulher. Kafka viaja que é um inseto. E Shakespeare traz seus sonhos de verão.
Quanta loucura!
Já no fim da noite aparece Rimbaud. Apocalíptico e Louco. É ele que traz as trevas e vela o meu sono.

quarta-feira, 25 de julho de 2007


Fim da linha
Fim da ponte
A luta que sossega sozinha
Cruzadas insólitas da morte

Corpo sangrando lentamente
Engasgada a voz que não cala
Mão frias e ardentes
Uma imensidão incessante que dispara

Respiro a alma
Chorando por entremeios
sem luz
e sem calma

Finjo ser forte
e nas palavras me afugento
Que o coração me corte
voraz, insaciável e lento.

Os Versos mais tristes



"Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."

Pablo Neruda

terça-feira, 24 de julho de 2007

Poesias de Poesia



À fé que se foi
Aos pensamentos que deixou
À tristeza que ainda dói
À paz que nunca encontrou

Aos longos dias que passaram
À felicidade que escapou
Às certezas que voaram
À minha alma que fechou

Às manhãs escuras de outono
Àquelas noites que morreria
sem vontade e sem sono
Às poesias de poesia.

Eu


" Até agora eu não me conhecia
Julgava que era EU e eu não era
Aquela que me meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia

Mas que eu não era EU não o sabia
E, mesmo que o soubesse, o não dissera ...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!

Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma
É chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!

(Florbela Espanca)
Infelizes daqueles que nunca amaram
que nunca odiaram
Mesmo a profunda trsiteza
se faz importante
Fases passam
momentos acabam
e sentimentos amadurecem
e se transformam
Sempre pensei que o sofrimento era algo suportável,
aprendi que algumas vezes ele não é .

Pensadores diriam que a vida é feita
de possibilidades e escolhas
Eu diria o quão difícil é saber
que caminho tomar

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Mulher lendo


"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica"

(Pablo Picasso)
Posso não ser a melhor pessoa do mundo ...
Posso não ter a dignidade de sê-la .....
Redemoinhos se formam e se desfazem rapidamente ....
Só queria fugir dessa escuridão ....
Não vejo sonhos, não vejo estrelas ...
Tudo é profundamente escuro e negro ...
Posso não ser quem você gostaria que eu fosse ....
Posso não ser capaz de suportar , as vezes, ...
Posso não ser forte o bastante ...
Posso não ser simplesmente quem acham que eu sou ......

domingo, 22 de julho de 2007

Ode a Pablo Neruda


Por minha parte sou, romântica por natureza, pequena de tamanho, branca de tez e grande de coração; descrente na política, xiita na esperança, adoradora do ócio, incrédula de promessas, amante da história das viagens do mundo, rápida em contestações, louca por animais, discreta no trabalho, ursa para dormir, mal-humorada de manhã, complacente, adolescente no amor, intensa com a família, saudosa do avô, desorganizada em casa, fanática por música, sem fé no acaso, sem certeza do destino, amarga enquanto briga, suave enquanto chora, sentimental por dever, admiradora das artes, leitora compulsiva, simpática por educação, odiosa da injustiça da cobiça da inveja, apreciadora do bom papo, simples com os amigos, indiferente de inimigos, agoniada pela vida, fumante por burrice, péssima em matemática, esquerdista por conviccção, irritada, covarde, sonhadora por maldição e confusa da cabeça.

AUTORETRATO

Por mi parte, soy o creo ser duro de nariz,
mínimo de ojos, escaso de pelos en la cabeza
creciente de abdomen, largo de piernas,
ancho de suelas, amarillo de tez, generoso
de amores, imposible de cálculos, confuso
de palabras, tierno de manos, lento de andar,
inoxidable de corazón, aficionado a las
estrellas, mareas, maremotos, administrador de
escarabajos, caminante de arenas, torpe de
instituciones, chileno a perpetuidad, amigo
de mis amigos, mudo de enemigos,
entrometido entre pajaros, mal educado en
casa, tímido en los salones, arrepentido sin
objeto, horrendo administrador, navegante
de boca, y yerbatero de la tinta, discreto entre
los animales, afortunado de nubarrones,
investigador en mercados, oscuro en las
bibliotecas, melancólico en las cordilleras,
incansable en los bosques, lentísimo de
conversaciones, ocurrente años después,
vulgar todo el año, resplandeciente
con mi cuaderno, monumental de apetito,
tigre para dormir, sosegado en la alegría,
inspector del cielo nocturno, trabajador
invisible y desordenado, persistente, valiente
por necesidad, cobarde sin pecado,
soñoliento de vocación, amable de mujeres,
activo por padecimiento, poeta por maldición
y tonto de capirote.

(Pablo Neruda)

Que mundo louco ...


Paradoxos

Se a contradição for o pulmão da história, o paradoxo deverá ser, penso eu, o espelho que a história usa para debochar de nós.
Nem o próprio filho de Deus salvou-se do paradoxo. Ele escolheu para nascer, um deserto subtropical onde jamais nevou, mas a neve se converteu num símbolo universal do Natal desde que a Europa decidiu europeizar Jesus. E para mais Inri, o nascimento de Jesus é, hoje em dia, o negócio que mais dinheiro dá aos mercadores que Jesus tinha expulsado do templo.
Napoleão Bonaparte, o mais francês dos franceses,não era francês. Não era russo Josef Stálin, o mais russo dos russos;e o mais alemão dos alemães, Adolf Hitler, tinha nascido na Aústria. Margherita Sarfatti, a mulher mais amada pelo anti-semita Mussolini, era judia. José Carlos Mariátegui, o mais marxista dos marxistas latino-americanos, acreditava fervorosamente em Deus. O Che Guevara tinha sido declarado completamente incapaz pelo exército argentino.
Das mãos de um escultor chamado Aleijadinho, que era o mais feio dos brasileiros, nasceram as mais altas formosuras do Brasil. Os negros norte-americanos, os mais oprimidos,criaram o jazz, que é a mais livre das músicas. No fundo de um cárcere foi concebido o Dom Quixote, o mais andante dos cavaleiros. E cúmulo dos paradoxos, Dom Quixote nunca disse sua frase mais célebre. Nunca disse: "Ladram, Sancho, sinal que cavalgamos".
"Acho que você está meio nervosa", diz o histérico. "Te odeio", diz a apaixonada. "Não haverá desvalorização", diz, na véspera da desvalorização, o ministro da Economia. "Os militares respeitam a Constituição", diz, na véspera do golpe de Estado, o ministro da Defesa.
Em sua guerra contra a revoluão sandinista, o governo dos Estados Unidos coincidia, paradoxalmente, com o Partido Comunista da Nicarágua. E paradoxais, foram, enfim, as barricadas sandinistas durante a ditadura de Somoza: as barricadas, que fechavam as ruas, abriam o caminho.

(Eduardo Galeano)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Cara estampada em milhares de adesivos e camisetas, englobado pelo temível sistema, Guevara virou mito no capitalismo. O revolucionário que entregou sua vida pela liberdade das Américas deixou um exemplo de ser humano que não se encontra mais no mundo.
Vale a pena acreditar.

"Os poderosos podem matar uma,
duas até três rosas,
mas nunca deterão a primavera."

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros".

(Che Guevara)
Fiz juras de amor ao seu ouvido
tão suaves e doces
que deslizam no infinito ...

Sinto que te encontro
e entre seus braços permaneço
nesses dias que nos matam

Nossas almas dançam
entram e saem
ficam e se esvaem
no eterno retorno
descontrolado de nossos corpos

O Estranho Caso de Mr. Wong


Além do controlado Dr. Jekyll
e do desrecalcado Mister Hyde,
há também um chinês dentro de nós:
Mister Wong.
Nem bom, nem mau: gratuito.

Entremos, por exemplo, neste teatro.
Tomemos este camarote.
Pois bem, enquanto o Dr. Jekyll,
muito compenetrado, é todo ouvidos,
e Mister Hyde arrisca um olho e a alma no
decote da senhora vizinha,
o nosso Mister Wong, descansadamente,
põe-se a contar carecas na platéia…

Outros exemplos?
Procure-os o senhor em si mesmo, agora mesmo.
Não perca tempo. Cultive o seu Mister Wong!

(Mário Quintana)

quarta-feira, 18 de julho de 2007


Mientras los dias y las horas
Estan las cosas que imagino
Los pensamientos estraños e locos
que desarrollan en la eternidad....




" Así cada manaña
de mi vida
Traigo del sueño ,
otro sueño."

(Pablo Neruda)

Vida

São liras florescendo na noite
Palpáveis se desentrelaçam em projetos
Há ar na escuridão...

Posso voltar a respirar
E andar pelas ruas com a cabeça cheia de idéias
Tudo se renova e se transforma...

Há música soando em meus ouvidos
Turbilhões de incessantes pensamentos
tão fulgazes e velozes
que escrevo para não os esquecer.

Uso a alma como arma
Aponto a direção
e coloridos são os caminhos a percorrer.

Me encontro,
Me abraço,
Me ajudo
Me sinto.

A loucura que me arrebata
e tão boa quanto a lucidez que me martiriza.

Não faço de conta.
Não minto.
Vivo,
Sigo
e me eternizo.
" Eu amo tudo que foi
Tudo que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que dor deixou
o que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje já é outro dia"

(Fernando Pessoa)
Olhos insanos que me acalmam
Tão profundamente verdes são eles
Corpo marcado por tatuagens oblíquas
Dicotomias são construídas
E já faz falta ao meu ar,
o teu hálito
Saboreio da sua pele,
o teu gosto.

Misturamos olhares
provocaões e brincadeiras
com sentimentos
E já não há paz em ser,
se você não existe.
Casamos nossas almas
impregnados de suor e lágrimas de nossas vidas
Fiz do teu peito minha morada
dos seus pelos minha vontade
E do odor que exala
minha perdição.

Seu sorriso pára meu mundo
transcende o impossível
faz com que as diferenças que nos afastam
sejam pequenas e inúteis
E já não há razão no sublime,
se existe sua ausência.
Não há graça no infame,
se não escuto suas risadas.

Há amor demais enclausurado
Nesse tempo,
indeterminado.
Louco,
e as vezes tão doloroso
que nem o coração entende
e suporta.

Meu velho

Velho maroto descendo a ladeira
Correndo torto pela linha da vida
Feições simples de um bravo errante
Marcas de um tempo não mais existente

E lá vem o meu velho
de teimoso intelecto
Ser rebelde e jovem como aos 18
Resmungar e gritar pelos corredores
a dignidade de ser do povo

Comunista nato
de madeixas brancas
Corpo cansado de diversas batalhas
Cabeça sã
e um milhão de lembranças
de um guerreiro revolucionário

E esse é meu velho,
pai, avô, irmão, companheiro
Desistente jamais das causas justas

Meu velho meu
Minha admiração
Meu orgulho
Meu amor.

(ODE a Francisco Alaor, meu avô)
Vontade de nada
Força fraca
Fugir de casa
Sumir

Desaparecer por alguns segundos
Fazer das verdades existentes
mentiras absolutas
Desfazer
Encontrar
Fazer de conta
Suspirar
Confundir as palavras
e RIR.
Queria que você me amasse
ou de vez me odiasse
E que me falasse
e a luz resistisse
Queria que a chuva voltasse
e os rios secassem
E o amor derramasse,
uma fina poesia.
Queria que a tristeza pasasse
E o coração controlasse
todo amor que entrelace
o fim dos meus dias.

Meu coração incomoda
E no fundo discorda
da cabeça que pensa
" Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir

Viver é não conseguir.

(Fernando Pessoa)
Essa angústia que me toma
e que por vezes parece saudade
Não se acalma

Dúvidas permanecem
incólumes a loucura
Essa vontade de morrer que me assombra
parece distante
mas nunca ausente

Pego o telefone
e mais uma vez tento falar com você
Muda é sua voz na madrugada
Assim como o é sempre

Porque penso que seria diferente?
Esse amor que me obseca
que não sei se posso chamá-lo de amor
Lateja e grita incessante
em meus pensamentos.

Não sei mais de te quero
porque não sei mais se te amo
Relutante me encontro
entre falas e zumbidos.

Já tenho uma resposta
Aprazível e dolorosa
como esse dia de solidão
Tudo é silêncio nas encostas

Minha caneta treme
a falta de decisão
que oscila entre seus passos.

E nada é eficaz o bastante
para secar as lágrimas que escorrem
e pingam em minha alma

O sol que queima num dia duro de verão
me faz pensar que há vida em algum lugar
não muito longe
Então, já não posso mais morrer.....


Não haverá amanhã
nem depois
Não existe futuro
Pode parecer profano e insolente
Mas o poeta morreu

O palco desceu suas cortinas
e em atitude solene
fecharam-se as portas

Muito sangue foi derramado
e muitos saíram feridos
Não haverá mais esperanças
Todos os sorrisos foram cerrados
E o coração do poeta caiu em pedaços.

Num tiro infiel de misericórdia
O poeta mantevesse firme
nao falou e nem suspirou nenhum segundo
Entregou sua caneta e seu caderno
Deitou-se em sua cama
E deixou que a brisa o levasse ....

Não havia porque viver
O poeta foi amaldiçoado
e jogado na fogueira da vida
Nem suas preces foram ouvidas.

Ele se entregou de alma pura
e quanto ao seu corpo
encontrado 3 dias depois no décimo andar
permanecia intacto, louco e sorridente.

Aos poucos

Cada sedimento do meu ser
implacável e delirante
Percorre entre veias
e objetos conflitantes
um irremediável pavor

Cada parte que toca
e retoca
Desconstrói símbolos remotos
da incapacidade do saber
de um futuro que prospera torto

Cada tempo que oculta
Afasta malévolos pensamentos
bate a porta do desalento
Transmuta a dor e o sofrimento
e morre

Cada linha escrita ao vazio
Solitária, pobre, sem ninho
Se desfaz na imensidão tortuosa
numa canção melancólica
e deveras numa prosa.
Ser poeta é ser só
É sentir demais as tempestades e as bonanças
É ser imcompreendido,
esquisito, maluco
É encontrar nas palavras mais remotas uma solução.
Quem se diz poeta
por escrever rimas e saber fazer versos
é um mentiroso
A poesia vem da alma
e não da caneta.
Hoje eu queria esquecer do mundo
Parar o tempo e as pessoas
Redefini-las em minhas entranhas
Queria que o mundo existisse sem mim.....

Me estoy dando cuenta que para morrirse solo hace falta estar vivo y que simplesmente te puedes morrir manaña, que cada dia hay que vivirlo como se fuera el ultimo, lleno de emociones.
Me estoy dando cuenta que sufrir no forma parte de la vida, que lo incluye uno mismo cuando algo te afecta, uno muy facil de encontrar "el amor" y mi amor es como la noche, lindo si pero Porque se va? Porque me deja na claridad que me molesta y solo hace ver la dura realidad?
Por eso prefiero la noche, prefiero en vez de un sol, todos esos chamantes que brillan como los ojos enamorados y si los unen, te forman el corazion más entero que hayas conecido.
Prefiero la noche porque no vez al mundo desastrozo que le rodea, la prefiero porque te hace pensar en el perfecto, donde todo tiene solución, donde abunda la amistad, el amor y los más bellos sentimientos.
Te quiero y vuelvo a preferir porque mis mejores momentos los paso conmtigo, por eso cuando te vas me encierro en mi cuarto con una vela encendida para así pensar que sigues conmigo.
Nunca te olvidaré y si lo hayo sera en una noche de sol.

(Autor Desconhecido)