quarta-feira, 18 de julho de 2007

Meu velho

Velho maroto descendo a ladeira
Correndo torto pela linha da vida
Feições simples de um bravo errante
Marcas de um tempo não mais existente

E lá vem o meu velho
de teimoso intelecto
Ser rebelde e jovem como aos 18
Resmungar e gritar pelos corredores
a dignidade de ser do povo

Comunista nato
de madeixas brancas
Corpo cansado de diversas batalhas
Cabeça sã
e um milhão de lembranças
de um guerreiro revolucionário

E esse é meu velho,
pai, avô, irmão, companheiro
Desistente jamais das causas justas

Meu velho meu
Minha admiração
Meu orgulho
Meu amor.

(ODE a Francisco Alaor, meu avô)

Nenhum comentário: