Velho maroto descendo a ladeira
Correndo torto pela linha da vida
Feições simples de um bravo errante
Marcas de um tempo não mais existente
E lá vem o meu velho
de teimoso intelecto
Ser rebelde e jovem como aos 18
Resmungar e gritar pelos corredores
a dignidade de ser do povo
Comunista nato
de madeixas brancas
Corpo cansado de diversas batalhas
Cabeça sã
e um milhão de lembranças
de um guerreiro revolucionário
E esse é meu velho,
pai, avô, irmão, companheiro
Desistente jamais das causas justas
Meu velho meu
Minha admiração
Meu orgulho
Meu amor.
(ODE a Francisco Alaor, meu avô)
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