quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Aos que fazem a minha vida valer à pena


"Meus amigos
são todos assim...
metade loucura,
metade santidade.
Escolho-os não pela pele,
mas pela pupila....
Tem que ter brilho questionador
e tonalidade inquietante.
Amigos... Fico com aqueles
que fazem de mim
"louco" e "santo".
Deles não quero resposta,
quero meu avesso.
Que me tragam
dúvidas e angústias
e agüentem
o que há de pior em mim.
Coisa de louco...
Louco que senta,
horas e horas,
de conversa ou de silêncio
e espera a chegada
da lua cheia...
Amigos, Quero-os santos,
para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos
pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero risos previsíveis,
nem choros piedosos.
Não quero deles só o ombro ou o colo,
quero também sua maior alegria...
Amigo que não ri junto,
não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade bobeira,
metade seriedade:
Quero amigos sérios,
daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem.
Mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto...
E velhos, para que nunca tenham pressa.
Amigos, preciso deles para saber quem eu sou,
pois os vendo loucos e santos,
bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei que a normalidade
é uma ilusão... estéril!"

(Autor Desconhecido)

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