terça-feira, 23 de outubro de 2007
"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros." (Clarice Lispector)
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
De pinga asere!
Jà havia me esquecido de como me soa bens ao ouvido o bom espanhol cubano e estar com os amigos. Ontem estàvamos em Havana , hoje estamos em Barcelona e amanha sabe se là o que acontece.. Os dias voam. Barcelona parece um filme daqueles bem antigos respirando arte e cultura. Edifìcios de Gaudí se confundem com a gente que passa (como eu: jà nao podendo mais fechar a boca), o barroco dos saloes , as ruas tortas, o bairro gòtico , a casa de Picasso... acabo escrevendo mais do que devia.. Mais os sonhos se confundem..
Equanto Freud acredita no inconsciente , a vida se passa sem sabê-lo. Viajo mais que isso e penso no Matrix. UHUUUUU Estou acordada ou sonho com essas coisas loucas que tenho visto? Que piracao!
Tento assistir os jornais da televisao , mas o catalao me parece outra coisa. A janela aberta sem nenhum medo, o travesseiro vazio.
Ai que solidao boa que me suga as veias, ai que paixao loca de repente por mim mesma. Os sonhos sao sempre deliciosos, mas sao sonhos. Que esse nao dure para sempre , que nao seja o melhor deles, que nao tenha forcas para ser completo, excitante, louco... mas que lo pasé suave , asere! Que seas enpigado!
ps. nao sei como por os acentos nessa màquina , é uma maquina espanhola hehehee
espero que nao se importem...
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Rotina
Dias de glórias são aqueles que sorrimos ao deitar a cabeça no travesseiro.
Dias esses que se tornaram raros na minha rotina.
Levantar e se olhar no espelho , não ver sua imagem.
Duros retratos partidos , cartas rasgadas, bingas de cigarros espalhadas.
Penso que nunca teria escolhido esse caminho. Um muro de pedras se despedaçou. Um milhão de projetos, pensamentos. Perdida .. e louca para estudar.
Saudades de casa.
Dia após dia penso nas idéias controversas
idéias que se perdem
idéias que vão e voltam
idéias que voam com o vento
idéias que surgem e ressurgem
Trocaria meu mundo de idéias por coisas mais consistentes.
Dividiria o meu eu.
Entregaria minha alma.
Morreria nos seus braços.
O amor não é racional.
Não existe fração.
Ficção.
Moderação.
Idéias se esgotam.
Sentimentos prevalecem.
Dias esses que se tornaram raros na minha rotina.
Levantar e se olhar no espelho , não ver sua imagem.
Duros retratos partidos , cartas rasgadas, bingas de cigarros espalhadas.
Penso que nunca teria escolhido esse caminho. Um muro de pedras se despedaçou. Um milhão de projetos, pensamentos. Perdida .. e louca para estudar.
Saudades de casa.
Dia após dia penso nas idéias controversas
idéias que se perdem
idéias que vão e voltam
idéias que voam com o vento
idéias que surgem e ressurgem
Trocaria meu mundo de idéias por coisas mais consistentes.
Dividiria o meu eu.
Entregaria minha alma.
Morreria nos seus braços.
O amor não é racional.
Não existe fração.
Ficção.
Moderação.
Idéias se esgotam.
Sentimentos prevalecem.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Desejo
"Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu. "
Carlos Drumond de Andrade
Dois meses pensando na vida ... dois meses de férias do mundo e de mim mesma... das minhas chatices ..dos meus erros e dos meus acertos....longe de casa ...
Me sinto nova , ressucitada.. reerguida..
forte ..
teorias controversas sobre o amor ...
pensamentos contínuos....
"Nunca devemos julgar as pessoas que amamos. O amor que não é cego, não é amor." (Honoré de Balzac)
"Em certa idade, quer pela astúcia quer por amor próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar." (Marcel Proust)
"O que é o amor? Amor é quando uma pessoa conhece todos seus segredos... seu mais profundo, escuro, e terrível segredo que ninguém mais no mundo conhece... e ainda no fim, aquela pessoa não pensa menos de você; até mesmo se o resto do mundo o faz." (Autor desconhecido)
SERÁ???
domingo, 14 de outubro de 2007
Do lado da estrela ....
Mais um sábado de ressaca da vida. Aqui na terrinha a vida parece mais fácil. Acordar, lavar o rosto, deixar o cabelo e para trocar de roupa depois. Saio na rua descalça, levo as fofas das cachorras do meu velho para passear. Fumo meu cigarro. Rio sozinha. Minha irmã encontra os amigos, tomamos uma. Conversamos sobre coisas sem sentido. Eles tomam um café para ver o jogo que vai passar na televisão do bar. Bar? Não. Aqui é coisa de elite, TV de plasma ,piso limpo e sem salgadinhos porcos na bancada. Ovos então, nem pensar. Mas quando vi aqueles meninos tomando café, pensei na saudade que sinto dos botecos e dos bares sujos que frequentava. Com direito a passar mal em um banheiro que mal cabia uma pessoa. E seu amigo mais louco que você tentando ajudar e tirar um canudinho de dentro da garafinha de coca-cola. Coisas que ficam guardadas para sempre.
Enfim, o dia passa lento como todos os dias desses últimos meses. A noite chega tarde. Sair de casa, curtir a minha irmã. Sem um puto no bolso, mas com coisas por rolar, ponho minha roupa de duende. Um novo casaco que comprei rastafari que tem um gorro gigante. A minha cara. Maninha acha 10 euros no bolso, podemos tomar umas. Sentamos, rimos, fumamos.. Mais um monte de conversas sem sentido. Me lembrei de uma matéria que li numa revista que comprei aqui: Foi desenvolvida uma roupa para saltarmos de para-quedas do espaço. Uma armadura praticamente. Ponho o assunto na roda, as pessoas riem e se pegam a imaginar coisas. Um cara fica cismado com o assunto, não consegue entender, acha loucura, viagem, maluquice.Tenho certeza eu li a matéria na Superinteressante daqui. O pior e que os primeiros malucos que vão saltar, vão ser escolhidos num programa de televisão. Inacreditável, não é? Depois do assunto ser discutido exaustivamente e de todos morrerem de rir de conclusões erradas. Um silêncio. O tipo continua cismado com o assunto e se imagina no espaço, caindo... "Eh pá, tu podes imaginar tu do lado da estrela". Mais um momento de silêncio. Crises de risos começam assim. Gargalhadas eram ouvidas ao longe. Dóia as bochechas , as barrigas e os sorrisos continuavam. Pessoas se contorciam. Já é tarde , estou cansada. Volto para casa andando e pensando na vida. Sorridente , entro , meu velho me espera. Botamos um filme desses bem patetas , onde uns malucos jogam dodgeball e o Ben Stiller está impagável com suas roupinhas de ginástica. Todos riem. O filme acaba , minha irmã dorme tranquila. Sossegada e deitada no sofá esperando o sono chegar, penso como a vida devia ser menos complicada. A gente complica tudo mesmo. O sono chega e já posso sonhar com as nuvens, com o espaço , com a tal armadura.... penso como seria saltar de pára-quedas com uma estrela grudada na mochila. hehehehe Fixe!
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
COMANDANTE CHE GUEVARA
"Aprendimos a quererte
desde la histórica altura
donde el sol de tu bravura
le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara
cuando todo Santa Clara
se despierta para verte.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa
donde esperan la firmeza
de tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos:
hasta siempre Comandante.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara."
(Carlos Puebla, 1965)
terça-feira, 9 de outubro de 2007
40 ANOS SEM CHE .....
" Nós que, pelo império das circunstâncias, dirigimos
a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda
de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos
os dias. No dia em que deixarmos de aprender, que acreditarmos
saber tudo ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato
ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em
que teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor
que vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora..."
Nessa época ainda existia brilhantismo, amor e ideologia. Ainda existia esperança.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Viagenssssssss
Os poetas não me deixam. As poesias não calam. Os braços estão fortes e trêmulos. Minha cabeça roda.Misturo sincronismo com climas e energias que se formam de maneira estranha. Pulo para o outro lado. Pego minha caneta e meu caderno quadrado e só faço escrever. Pensamentos tortos de uma menina que não cresceu. Prefiro assim a minha descrição. Uma menina que prefere ser menina, porque crescer é doloroso. Sim. Não cresceu e não quer crescer. Olho para meus pais e vejo quanta dor a vida lhes causou. Eles tem os olhos amargos e duros. Os olhos de uma menina brilham e o sorriso é sempre travesso. Quem foi que disse que temos que crescer e virar uns velhos? Pretendo ficar bem longe desse mal.
Os dias na terrinha passam e a saudade aumenta . Faço de conta que não, mas sinto falta de casa. Sempre sinto. O amigo ao telefone te gritando, mãe chorando. Sinto aquela pontinha de melancolia. Vida que segue e vida que para. Decisões dificéis de tomar e dias que não voltam atrás. Insônia, medo, calafrios. Minha barriga já não aguenta mais tantos pesadelos. Penso na vida, nas ecolhas seguidas e faço minha oração.
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