segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Bobagens

Quantas juras de amor inúteis foram escutadas. O dia já amanhece como qualquer outro dia em Barcelona. Cinza. Quarteiroes redondos levam as palavras que foram ditas. Quanta bobagem escrita e quanto trabalho por fazer. Gostaria que todos esses bares coubessem em meu estomago, seria tao perfeito a vida em tropeços. Cambeleando por avenidas que nao conheço com desejo suspenso na pele em cada arrepio. Como poderei dizer quem sou? se mesmo eu, essa que rasura, nem sabe porque escreve...
Cheguei a entregar-me a um assobio, desses que os homens olham na contramao. Ri do que era improvável e gostei demais de todos aqueles sorrisos. Nao poderia elegir nenhum. Provocadores, instigantes. Homens. De todos lados sao assim. Bobos atrás de um bikini que valha 0 desapego da liberdade e da solidao.
Quanto sono perdi por olhos que mal me seguiam ou por aqueles que apenas acreditavam na minha santidade. Santidade essa que nem Oxum um dia chegou a brigar. Sabia-se que nao valeria a pena. Desconcertante doses a mais de um fígado quase falecido.Que grita de dor as vezes, mas nao cansa de acelerar a felicidade. E se fosse só ele sozinho.... o nariz que nao funciona mais pelas manhas, mas que insiste em sentir todos os odores da noite, dos perfumes que nunca tocou. Safado.
E a vida que segue em meio a correria dos dias de trabalho e da língua mordida
que se esforça para nao embolar com outras a cada centimetro que caminha....

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