Talvez eu também tenha um heterônimo que ainda não sei. Acho chique dos poetas essa mania de mudar de nome. Quem sabe em que lugar estará o meu? A loucura com certeza não é o que falta, mas não faria-me sentido escrever linhas para outra pessoa. Poderia falar de diferentes fases, de apelidos carinhosos, ou até mesmo de nomes nunca vistos. Porém, será que a poesia continuaria sendo minha? O sabor das rimas seria igual?
Nomes e codinomes me atormentam. São como dias de luz e dias de noite. Controversos e determinados. Gosto de Pessoa, como gosto da minha mãe. A nata da poesia das poesias. Mas queria mesmo entender porque tantas caras diferentes? Eram tantos seres dentro de um só que não cabiam no simples Fernando. Isso me confunde.
A eterna inconstância dos pensamentos.
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