domingo, 13 de abril de 2008

Pensamentos III

Talvez eu também tenha um heterônimo que ainda não sei. Acho chique dos poetas essa mania de mudar de nome. Quem sabe em que lugar estará o meu? A loucura com certeza não é o que falta, mas não faria-me sentido escrever linhas para outra pessoa. Poderia falar de diferentes fases, de apelidos carinhosos, ou até mesmo de nomes nunca vistos. Porém, será que a poesia continuaria sendo minha? O sabor das rimas seria igual?
Nomes e codinomes me atormentam. São como dias de luz e dias de noite. Controversos e determinados. Gosto de Pessoa, como gosto da minha mãe. A nata da poesia das poesias. Mas queria mesmo entender porque tantas caras diferentes? Eram tantos seres dentro de um só que não cabiam no simples Fernando. Isso me confunde.
A eterna inconstância dos pensamentos.

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