domingo, 5 de agosto de 2007

Lá fora o vento já traz a noite
inconstante e sombria
as luzes da cidade respiram
os carros que posso ver ao longe
voam junto ao meu pesar

Escorre uma lágrima
Doce como um rio
Sublime fronte a solidão
Areias jogadas ao tempo
Pedaços inconfundíveis de lembranças

Mais uma noite se vai
A cortina estreita e branca do meu quarto
já se torna rotina
Minha pele resseca sua ausência
E meu amor se transmuta na distância

Fotos não se fazem presença
somente unificam saudades
Fazem de mim uma pobre errante

Amor que consome minha alma
destrói minha fortaleza
faz pouco do meu sorriso
Afronta minha racionalidade

Sonho em poder beijar o canto da sua boca
e poder enfim
esperar tranquila o sono chegar

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