quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
De volta a Babilônia ...
Escrevo com o vento,
com as flores , com o mar,
com a mata que ainda sobrevive e respira.
Escrevo porque há o maldito hábito
e uma compulsão excessiva que não me deixa parar.
Sou escrava dessas linhas.
Por vezes não tenho coisas úteis para dizer
e mesmo assim o martírio da caneta me persegue.
Sigo rascunhando com essas pequenas mãos
palavras torpes sem razões contínuas.
Assim como a maldição que assombrou o Romantismo
As trevas que fizeram os trovadores cantar amores
As paixões modernas que embalaram versos amarelos de Neruda
e terras distantes em Pessoa.
As palavras me dominam.
Inspiram a minha humilde escrita torta.
Transformam a prosa em finos versos.
A literatuta imitando a vida,
a poesia refletindo as marés
a lua marcando suas indas e vindas
as águas inundando quem tu és.
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