sábado, 18 de agosto de 2012

só para relembrar porque escolhi esse nome para o blog....


Me estoy dando cuenta que para morrirse solo hace falta estar vivo y que simplesmente te puedes morrir manaña, que cada dia hay que vivirlo como se fuera el ultimo, lleno de emociones.
Me estoy dando cuenta que sufrir no forma parte de la vida, que lo incluye uno mismo cuando algo te afecta, uno muy facil de encontrar "el amor" y mi amor es como la noche, lindo si pero Porque se va? Porque me deja na claridad que me molesta y solo hace ver la dura realidad?
Por eso prefiero la noche, prefiero en vez de un sol, todos esos chamantes que brillan como los ojos enamorados y si los unen, te forman el corazion más entero que hayas conecido.
Prefiero la noche porque no vez al mundo desastrozo que le rodea, la prefiero porque te hace pensar en el perfecto, donde todo tiene solución, donde abunda la amistad, el amor y los más bellos sentimientos.
Te quiero y vuelvo a preferir porque mis mejores momentos los paso conmtigo, por eso cuando te vas me encierro en mi cuarto con una vela encendida para así pensar que sigues conmigo.
Nunca te olvidaré y si lo hayo sera en una noche de sol.

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012



Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.

Fernando Pessoa 

PLENOS PODERES



A puro sol escribo, a plena calle,
a pleno mar, en donde puedo canto,
sólo la noche errante me detiene
pero en su interrupción recojo espacio,
recojo sombra para mucho tiempo.

El trigo negro de la noche crece
mientras mis ojos miden la pradera
y así de sol a sol hago la llaves:
busco en la oscuridad las cerraduras
y voy abriendo al mar las puertas rotas
hasta llenar armarios con espuma.

Y no me canso de ir y de volver,
no me para la muerte con su piedra,
no me canso de ser y de no ser.

A veces me pregunto si de dónde,
si de padre o de madre o cordillera
heredé los deberes minerales,

los hilos de un océano encendido
y sé que sigo y sigo porque sigo
y canto porque canto y porque canto.

No tiene explicación lo que acontece
cuando cierro los ojos y circulo
como entre dos canales submarinos,
uno a morir me lleva en su ramaje
y el otro canta para que yo cante.

Así pues de no ser estoy compuesto
y como el mar asalta el arrecife
con cápsulas saladas de blancura
y retrata la piedra con la ola,
así lo que en la muerte me rodea
abre en mí la ventana de la vida
y en pleno paroxismo estoy durmiendo.
A plena luz camino por la sombra.

Pablo Neruda




"Aunque hoy cumplas
trescientos treinta y seis meses
la matusalénica edad no se te nota cuando
en el instante en que vencen los crueles
entrás a averiguar la alegría del mundo
y mucho menos todavía se te nota
cuando volás gaviotamente sobre las fobias
o desarbolás los nudosos rencores

buena edad para cambiar estatutos y horóscopos
para que tu manantial mane amor sin miseria
para que te enfrentes al espejo que exige
y pienses que estás linda
y estés linda

casi no vale la pena desearte júbilos y lealtades
ya que te van a rodear como ángeles o veleros

es obvio y comprensible
que las manzanas y los jazmines
y los cuidadores de autos y los ciclistas
y las hijas de los villeros
y los cachorros extraviados
y los bichitos de san antonio
y las cajas de fósforo
te consideren una de los suyos

de modo que desearte un feliz cumpleaños
podría ser tan injusto con tus felices
cumpledías
acordate de esta ley de tu vida
si hace algún tiempo fuiste desgraciada
eso también ayuda a que hoy se afirme
tu bienaventuranza

de todos modos para vos no es novedad
que el mundo
y yo
te queremos de veras
pero yo siempre un poquito más que el mundo.""

Mario Benedetti

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Creio que, desde muito pequeno, minha infelicidade, e ao mesmo tempo 
minha felicidade, foi não aceitar as coisas com facilidade. Não me 
bastava que explicassem ou afirmassem algo. Para mim, ao contrário, em 
cada palavra ou objeto começava um itinerário misterioso que às vezes me
esclarecia e às vezes chegava a me estilhaçar"

"Em suma, desde pequeno, minha relação com as palavras, com a escrita, 
não se diferencia de minha relação com o mundo no geral. Eu pareço ter 
nacido para não aceitar as coisas tal como me são dadas." Júlio Córtazar

quarta-feira, 30 de maio de 2012


Fazer qualquer coisa ao contrário do que todos fazem é quase tão mau como fazer qualquer coisa porque todos a fazem. Mostra uma igual preocupação com os outros, uma igual consulta da opinião deles - característica certa da inferioridade absoluta. Abomino por isso a gente como Oscar Wilde e outros que se preocupam com seres imorais ou infames, e com o impingir paradoxos e opiniões delirantes. Nenhum homem superior desce até dar à opinião alheia tal importância que se preocupe em contradizê-la.
Para o homem superior não há outros. Ele é o outro de si próprio. Se quer imitar alguém, é a si próprio que procura imitar. Se quer contradizer alguém, é a si mesmo que busca contradizer. Procura ferir-se, a si próprio, no que de mais íntimo tem... faz partidas às suas próprias opiniões, tem longas conversas cheias de desprezo e com as sensações que sente. Todo o homem que há sou Eu. Toda a sociedade está dentro de mim. Eu sou os meus melhores amigos e os meus verdadeiros inimigos. O resto - o que está lá fora - desde as planícies e os montes até às gentes - tudo isso não é senão paisagem...

Fernando Pessoa, in 'Reflexões Pessoais'

A Essência da Poesia


Não aprendi nos livros qualquer receita para a composição de um poema; e não deixarei impresso, por meu turno, nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. Se narrei neste discurso alguns sucessos do passado, se revivi um nunca esquecido relato nesta ocasião e neste lugar tão diferentes do sucedido, é porque durante a minha vida encontrei sempre em alguma parte a asseveração necessária, a fórmula que me aguardava, não para se endurecer nas minhas palavras, mas para me explicar a mim próprio.
Encontrei, naquela longa jornada, as doses necessárias para a formação do poema. Ali me foram dadas as contribuições da terra e da alma. E penso que a poesia é uma acção passageira ou solene em que entram em doses medidas a solidão e solidariedade, o sentimento e a acção, a intimidade da própria pessoa, a intimidade do homem e a revelação secreta da Natureza. E penso com não menor fé que tudo se apoia - o homem e a sua sombra, o homem e a sua atitude, o homem e a sua poesia - numa comunidade cada vez mais extensa, num exercício que integrará para sempre em nós a realidade e os sonhos, pois assim os une e confunde.
E digo igualmente que não sei, depois de tantos anos, se aquelas lições que recebi ao cruzar um rio vertiginoso, ao dançar em torno do crânio de uma vaca, ao banhar os pés na água purificadora das mais elevadas regiões, digo que não sei se aquilo saía de mim mesmo para se comunicar depois a muitos outros seres ou era a mensagem que os outros homens me enviavam como exigência ou embrazamento. Não sei se aquilo o vivi ou escrevi, não sei se foram verdade ou poesia, transição ou eternidade, os versos que experimentei naquele momento, as experiências que cantei mais tarde.
De tudo aquilo, amigos, surge um ensinamento que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos conduzem ao mesmo ponto: à comunicação do que somos. E é necessário atravessar a solidão e aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar com hesitação ou cantar com melancolia, mas nessa dança ou nessa canção acham-se consumados os mais antigos ritos da consciência; da consciência de serem homens e de acreditarem num destino comum.

Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer" (Discurso na entrega do Prémio Nobel)


quinta-feira, 17 de maio de 2012

"Sinto-me como uma semente no meio do inverno, sabendo que a primavera se aproxima. O broto romperá a casca e a vida que ainda dorme em mim haverá de subir para a superfície, quando for chamada. O silêncio é doloroso, mas é no silêncio que as coisas tomam forma, e existe momentos em nossas vidas que tudo que devemos fazer é esperar. Dentro de cada um, no mais profundo no ser, está uma força que vê e escuta aquilo que não podemos ainda perceber. Tudo o que somos hoje nasceu daquele silêncio de ontem. Somos muito mais capazes do que pensamos. Há momentos em que a única maneira de aprender é não tomar qualquer iniciativa, não fazer nada. Porque, mesmo nos momentos de total inação, esta nossa parte secreta está trabalhando e aprendendo. Quando o conhecimento oculto na alma se manifesta, ficamos surpresos conosco mesmos, e nossos pensamentos de inverno se transformam em flores, que cantam canções nunca antes sonhadas. A vida sempre nos dará mais do que achamos que merecemos".
(Kahlil Gibran)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

más una noche cualquier
viernes
he oido tu silencio
lejos de todo lo que vale la pena
no tengo mucho que hacer
el corazón destrozado
y la luna llena
un trago
un puro
una canción
y una poesia...
quizas te quiero mucho
demasiado hasta para mi que ya no pienso
en mi
que ya soy agua de tu cuerpo
envuelta de tus momentos
en esa casa pequeña
que somos nosotros
se pudesse hoje,
nesse exato momento
nesse segundo insano
simplesmente
desaparecer...
encontraria a perfeição dos sentidos...
e a capacidade do desejo...
Sobre as águas do Tejo
e a Baixa iluminada
sinto a dor de amadurecer
quando seus braços tocavam meu cabelos
naqueles segundos infinitos
podia não pensar em voar
e morrer ali por um momento
por onde andas tu meu girassol?
junto as estrelas e a lua cheia
junto ao cheiro da primavera
junto a minha voz rouca
que não cansa de chamar o seu nome
Laudelina , Laudelina
como podes me deixar aqui
nessa escuridão de mundo
nessa imensidão de sofrimento
nem as águas do além-mar
nem o suor de um velho continente
nenhuma palavra
nenhuma
e nem nada
fazem de conta a sua falta....

pensei em te dizer tantas coisas hoje..
algumas faziam sentido
outras talvez nem tanto
Estive no inferno de alguma lágrimas ressecadas
faziam tempo que não rolavam
mas saíram com alguma raiva
e algum ressentimento
tentei contornar seus passos
talvez simplesmente não os entenda
talvez minha capacidade ínfima de poeta não seja exatamente sensível
fiz algumas juras e promessas
para mim mesma
nem sempre elas são escutadas
ai.. maldito coração
porque me maltratas?
porque não me salvas dessa mudez seca?
penso que espera que eu suma
e acredite que por muitas vezes
é essa minha simples e inútil vontade..