terça-feira, 17 de agosto de 2010

As folhas caem no chão
e de repente
mais tão de repente
você se vai...
nada mudou
penso em você todos os dias
e como se fosse ontem
vejo seu sorriso
e seus olhos....
pensei em dizer-te as novidades
conversei com as paredes
com o chuveiro
com o vento que passava na noite..
nada me confortou
Me incomoda sua ausência
a falta da sua voz doce
e das suas palavras
Nada faz sentido
nem mesmo a alegria espontânea
o copo de whisky
a comida, o cigarro,
os livros, a poesia....
Nem a dor faz sentido..
vorazmente sem coração me encontro
e esse vazio tão grande
esse vazio indescritível, indiscutível
é maior do que sou
do que fui
e do que algum dia imaginei ser....

2 comentários:

M.r. disse...

Parte do meu poema favorito de Neruda. "(...) a continuidade do vazio,
o silêncio em que cai tudo
e por fim nós mesmos caímos".
Mas quem tem saudade nunca está sozinho.

Lari Bernardi disse...

*.*