segunda-feira, 28 de julho de 2008

BARCELONA


Dias intermináveis de calor e a galera reunida ao redor de um violao. Maos, tatuagens, dreads e melodia se misturam na brisa marolada que chega. Sorrisos espalhados com simpatia quase sem esforço. Olhos dos que passam e esquecem.
Uma canga colorida sacode areia entre minhas costas e um abraço aconchegante da nossa língua apaga os problemas.
De quantas cores pode ser feita a vida?

Intermináveis montanhas no horizonte laranja. Moreno como os dias e vermelho como os corpos que dançam suavemente. Azul como o mar verdejante e brancos como algodoes doces de nuvens.
Seria a música que me inebria ou a paz que me acalma?
Será a alma, da faísca a luz que rodeia?
De uma tecla negra a um olhar amarelo. De um corpo branco ao sabor insensivelmente rosado. Aos enganos tortos, cinzas , mantos ao vento. Até a roxa saudade dos castanhos cabelos cacheados.
Que voz que canta a incrível harmonia dos momentos?
Esses que nunca se repetem nos mesmos prantos.
Versos e rimas
Porquês e entantos
que desaguam em verde em todo infinito.....

Um comentário:

Paloma Pajarito disse...

Lindas, lindas cores misturadas nesse texto! (;